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Cientistas criam mão biônica que se funde com ossos, músculos e nervos de pacientes


Pesquisadores da Suécia, Itália e Austrália desenvolveram uma prótese de mão capaz de se conectar diretamente aos ossos, músculos e nervos do paciente, criando uma interface homem-máquina que permite à IA traduzir sinais cerebrais em movimentos simples e precisos.

Os cientistas publicaram um estudo na revista Science Robotics no qual apresentam os resultados da pesquisa, feita com uma mulher sueca chamada Karin, cujo nome completo foi preservado. Karin perdeu a mão em um acidente agrícola e usa a prótese há três anos. Com o dispositivo, ela tem um sentido de tato, ainda que limitado, e pode mover todos os cinco dedos biônicos individualmente com uma taxa de sucesso de 95%.

Depois de duas décadas vivendo sem a mão direita, ela agora pode realizar 80% de suas atividades diárias habituais, como preparar comida, pegar objetos, fechar e abrir o zíper de roupas ou bolsas e girar maçanetas ou parafusos de portas. Além disso, a dor que ela sentia diminuiu significativamente, relata o Science Alert.

Como funciona a prótese

Os engenheiros que trabalharam no estudo dizem que esta é a primeira vez que uma mão robótica com eletrodos internos mostra viabilidade a longo prazo para amputações abaixo do cotovelo.

O fato de [Karin] ter sido capaz de usar sua prótese de maneira confortável e eficaz nas atividades diárias durante anos é um testemunho promissor das capacidades potenciais de mudança de vida desta nova tecnologia para indivíduos que enfrentam perda de membros”, diz Max Ortiz Catalán, que liderou a pesquisa no Bionics Institute em Melbourne, na Austrália, e no Centre for Bionics and Pain Research na Suécia.

Quando Karin recebeu a prótese pela primeira vez, a tecnologia era única. Nenhuma outra prótese manual no mercado continha sensores incorporados, segundo os cientistas. Até hoje, a maioria dos modelos possui eletrodos sensoriais na parte externa, logo abaixo da "pele" do robô.

Esta convenção, no entanto, dilui a qualidade e a quantidade de sinais sensoriais que entram e saem da mão robótica, limitando o seu controle – um problema da tecnologia protética desde que surgiu, há cerca de 60 anos.

Ao longo da última década, Ortiz Catalán tem trabalhado numa solução melhor baseada na osseointegração. Na prática, significa que quando um implante é colocado no osso de uma pessoa, as células ósseas crescerão firmemente ao seu redor.

"Esta integração é tão forte que podemos fixar o membro artificial diretamente ao esqueleto", explica Ortiz Catalán. Quando esta técnica é combinada com a cirurgia reconstrutiva, Ortiz Catalán argumenta que pode "integrar verdadeiramente a biologia e a eletrónica".

Para fornecer uma interface para a prótese de Karin se conectar, dois implantes foram colocados nos ossos da ulna e do rádio. Um enxerto muscular de sua perna foi então conectado a esses implantes, dando aos músculos e nervos cortados no coto do braço de Karin algo para recolocar.

Esses enxertos musculares continham eletrodos para amplificar os sinais para a interface. Como a prótese está diretamente ancorada ao osso, os pesquisadores dizem que é muito mais confortável para os pacientes usá-la do que as próteses convencionais de esfera e encaixe.

Além do mais, como os eletrodos sensoriais estão embutidos dentro da mão robótica, e não na parte externa, a estimulação neural direta é percebida pela mão de forma consistente e confiável.

Em comparação com uma prótese convencional, esta nova tecnologia melhorou a precisão de aderência de Karin em quase quatro vezes.

A mão protética chama-se Mia Hand e foi desenvolvida pela empresa italiana Prensilia, especializada em dispositivos robóticos e biomédicos, e financiada pela Comissão Europeia.

Fonte: epocanegocios

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